Pois é, eu sempre achei que para se ser um empresário era necessário ser um empreendedor, e se eu fosse uma empreendedora, eu consequentemente me tornaria uma empresária ... hummm, mas não é bem assim!
Nem sempre um empreendedor se torna obrigatoriamente um empresário, e as vezes, um empresário não é totalmente um empreendedor.
E por que isto? Simplesmente porque o "empreendedorismo é o modo de pensar e agir de forma inovadora, onde as oportunidades são identificadas e onde são criadas, se inspira, renova e lidera processos, se entusiasma as pessoas, combate a rotina e assume os riscos em favor do lucro". (Fonte: Sebrae).
Lendo esta definição, pode-se ter uma visão mais clara sobre a diferença entre o empreendedor e o empresário.
Até porque muitas vezes, somos empreendedores nas empresas em que trabalhamos. As vezes, para um empreendedor, não existe a necessidade de ser o "dono do seu próprio nariz", ele tem a oportunidade de ser empreendedor em seu trabalho, ser aquele que se antecipa as tarefas, que faz os trabalhos de forma inovadora, que exige de si um alto padrão de qualidade, e isto não é um modo errado de se pensar sobre o empreendedorismo. Nem sempre precisamos sair de nossos empregos, esta é uma decisão que deve ser muito bem pensada, avaliada, porque não se deve investir em algo sem ter totalmente certeza e planejamento para isto. E ser empresário não é um mar de rosas como muitos pensam ...
E por outro lado, tem muito empresário por ai que não tem este "Q" do empreendedorismo. Como? Ele não renova sua empresa, não muda sua forma de agir, não muda seus produtos quando necessário, fica na rotina, pois acha que se mudar vai ter problemas, não se informa, não busca novos desafios ... Mas então ele está fadado ao fracasso, certo? Nem sempre, porque de repente o que ele produz ou oferece é o que o seu cliente quer e a quantidade de clientes que ele tem é o bastante para que ele se sustente e isso para ele é o suficiente.
As vezes, este empresário está na "zona de conforto" e como ele não se informa sobre o mercado, concorrentes, ele acha que o que ele tem está de bom tamanho e acaba não sendo empreendedor o suficiente para querer alterar seu negócio.
E ai, qual deles você é ou quer ser?
Hoje li um texto que gostaria de dividir com vocês. É algo a se refletir, principalmente para quem está pensando em ter sua própria empresa. Boa leitura:
"Empreendedorismo, planejamento e inovação, uma união necessária
Julho 1, 2010 por Mundo Sebrae
Alguém, em algum lugar, acordou hoje com a intenção de transformar o seu sonho de negócio em uma empresa.
Depois de lavar o rosto e tomar café, comer um pãozinho com manteiga, o mundo real cai na sua frente e lá vai ele, aquele alguém e o seu sonho para o trabalho do dia a dia, aquela mesma rotina, das 8h às 18h, trânsito, relacionamento com muitas pessoas, e ainda com os diversos superiores hierárquicos, volta para casa, toma banho, janta, dorme, sonha e começa tudo de novo.
Mas chega um dia em que o espírito empreendedor fala mais alto e começa a vida de mais um visionário que acredita e aposta nele mesmo, o empresário.
Porém, enquanto tudo estava no mundo dos sonhos era uma coisa, agora, na dura e combativa realidade, tudo é diferente, pois ele irá conduzir a família para um ambiente repleto de riscos e oportunidades, alegrias e tristezas e, por isso, capaz de proporcionar ganhos ou prejuízos – dependendo dos caminhos escolhidos – e o único responsável será ele mesmo. Se tudo der certo, a família irá usufruir os benefícios, se não, todos
sofrerão com as mazelas dos erros cometidos.
Na verdade, o candidato a empresário terá que conviver por algum tempo no túnel do terror, de onde surgirão os mais diferentes e curiosos monstros e fantasmas para aterrorizá-lo, mas que se
afastarão com a presença das inovações verdadeiras, criadas ou adequadas, mas que ninguém tente enganá-los, eles sabem distinguir muito bem um diferencial pirateado de um real."
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